Resumo Clipnews ⚠ :
Entre as tendências temos :
- Sobreposição de crises (polycrisis) – várias crises economicas, sociais, politicas e ambientais ao mesmo tempo;
- Descentralização da cultura digital – novas comunidades, nichos menores, abandono de grandes redes sociais e tiktoknização;
- Natureza no board – sustentabilidade e temas ambientes ganham muita força nas empresas, com a agenda ESG e de energias renováveis se destacando;
- Criatividade Sintética – a intensificação do uso de Inteligência artificial em trabalhos que envolvem criatividade;
Quero me aprofundar 🤓🤓
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Após três anos de pandemia, as pessoas estão infelizes, ansiosas e estressadas. Para além das condições impostas pela Covid-19, outras crises sociais, económicas e climáticas – que se juntam ao contexto de informação ininterrupta – criam simultaneamente um sentimento coletivo de emoções negativas, perturbando estilos de vida e consumo.
Andrea Bell, vice-presidente de insights do consumidor da WGSN, disse que a transição para um 2025 melhor para a sociedade e os negócios é fundamentalmente sobre a era da imaginação. Isso significa que as organizações que desejam ter sucesso nos próximos dois anos precisarão pensar de forma criativa e diferente em relação à cultura, criatividade, tecnologia e sociedade.
“Não é novidade, a destruição criativa foi inventada pelo economista Joseph Schumpeter na década de 1930, que basicamente disse:
Saímos da década de 1920 porque os reconstruímos melhor. Criatividade e cultura são dois pontos-chave para todos nesta sala”, afirmou.
Segundo Andrea, os seguintes fatores afetarão 2025:
1. A era da policrise
Os historiadores disseram que a primeira metade do século 21 será caracterizada por uma era de crise política. Além das crises já citadas, o desemprego, a inflação e as desigualdades sociais também se agravam – Andrea cita o aumento da fome no Brasil como um dos graves problemas que assolam o mundo. As pessoas estão tão furiosas hoje em dia que 52% dos pacientes de terapia no Reino Unido sofrem de insônia, e os ambientalistas estão vandalizando a arte para chamar a atenção para a crise climática.
Mas a incerteza não precisa ser confusa: À medida que o foco muda do individual para o coletivo, o envolvimento da comunidade e a ação coletiva são formas de construir uma mudança de longo prazo.
Para as empresas, duas opções são investir em equipes de “apoio amigo” e “cisne negro”, por exemplo, dedicadas a mapear e enfrentar cenários de risco e prevenir gastos desnecessários.
2. Descentralização da cultura digital
Essa tendência é quebrar os silos de dados no contexto da fragmentação digital, onde as tendências e plataformas que antes eram dominantes não são mais populares entre a Geração Z. Outras gerações estão deixando a internet, como a geração do milênio. A gestão da WGSN destacou a nova necessidade das redes sociais, que antes de mais nada era para se conectar com amigos e conhecidos, agora é mais para entretenimento – veja TikTok. “Eles estão procurando por alegria, não se trata mais de conexão.”
Segundo ela, a maioria da Geração Z acredita que a cultura pop e a cultura underground não existem mais.
Nos próximos anos, o foco será mais em comunidades menores e nichos de mercado. A era da descentralização também vem com o que Andrea chama de “medo de conectar/desconectar” (Falo), porque se as pessoas temem perder o que está acontecendo quando estão offline, elas temem por conteúdo e privacidade quando conectadas. Depois, há a questão do “tique” de atenção. “Em 2020, a Netflix percebeu que o TikTok era um concorrente!”, lembra um executivo da WGSN.
Um conselho que o CEO deu às marcas foi ampliar o engajamento com a comunidade para além do elemento visual – e citou a Starbucks, que lançou 27 playlists de colaboradores e influenciadores no Spotify. Para ela, DAOs e plataformas podem permitir fervura coletiva para comunidades menores.
3. Natureza nas empresas
Assim como a Patagônia, que diz que seu único stakeholder é a terra, as empresas precisam ver o meio ambiente como um membro do conselho porque, apesar da crise econômica, a sustentabilidade precisa de mais atenção. Segundo a IBM, 51 pessoas acham que o tema é mais importante neste ano do que em 2021.
Andrea destacou que alguns governos impuseram medidas obrigatórias a empresas, inclusive varejistas, que não podem vender seus produtos nesses países se não atenderem a determinados padrões de sustentabilidade. A crise climática já desencadeou uma onda conhecida como “grande migração”, em que as pessoas deixam os lugares onde vivem por preocupações ecológicas.
Para o universo da marca, isso ainda se enquadra no que chama de “revolução solar” e em medidas concretas para enfrentar a crise climática.
4. Criatividade integrada
A IA pode estimular a criatividade em tempos de incerteza sobre a direção dos negócios. Esta é uma das muitas vezes que a NRF mencionou a IA, já que muitos varejistas a estão aproveitando para melhorar e simplificar processos e reinventar formatos e modelos para seus negócios e marcas.
NRF 2023 – Retail’s Big Show (meioemensagem.com.br)