Receita de exportação de café brasileiro bate recorde em 2022

Resumo Clipnews :

  • A receita de exportação de café do Brasil bateu recorde em 2022 com 39,350 milhões de sacas ao exterior, a um preço médio foi de US$ 234,64 por saca e declínio de 1,7% em volume;
  • Segundo o presidente do Cecafé, a receita recorde reflete as cotações mais elevadas do produto e a taxa de câmbio favorável;
  • A queda de volume é creditada a gargalos logísticos além de conflitos geopolíticos e de um maior interesse da indústria nacional pelos cafés robusta e conilon;

 

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As exportações brasileiras de café para 122 países em 2022 estabelecerão uma receita cambial recorde de US$ 9,233 bilhões, um forte aumento de 46,9% em relação aos US$ 6,285 bilhões do ano anterior. Em volume, o país exportou 39,35 milhões de sacas de café de 60 quilos, 3,1% a menos que em 2021. Os dados são do relatório estatístico do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

Nos primeiros seis meses da safra 2022/23, os embarques domésticos chegaram a 19,341 milhões de sacas, gerando US$ 4,576 bilhões em receita para o país, queda de 1,7% no volume, mas aumento de 31,5% na receita. Esses resultados foram alcançados com os 3,195 milhões de sacas remetidos ao exterior em dezembro, que geraram US$ 707 milhões – recuos de 17,9% em volume e de 11,8% em receita frente ao mesmo mês do ano retrasado.

Segundo o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, a receita recorde em 2022 reflete as cotações mais elevadas do produto e a taxa de câmbio favorável. —O dólar comercial se manteve acima de R$ 5 ao longo de quase todo o ano passado, bem como as cotações do café ficaram em níveis satisfatórios até passarem a cair recentemente. Assim, o preço médio da saca, de US$ 234,64, foi o maior nos últimos cinco anos e cresceu 52% sobre o ano anterior — comenta.

Em relação à queda no volume, ele recorda que 2022 ainda foi um ano impactado pelos gargalos logísticos no comércio marítimo mundial, além de conflitos geopolíticos e de um maior interesse da indústria nacional pelos cafés robusta e conilon.

Destinos mais importantes : Entre os dez principais destinos do café brasileiro no ano anterior, apenas o Japão não registrou crescimento. —

Os Estados Unidos lideram a lista dos principais destinos do produto em 2022, importando 7,985 milhões de sacas, 2,1% a mais que em 2021 e respondendo por 20,3% do total. Em seguida vem a Alemanha, que adquiriu 6,844 milhões de sacas (+4,2%, ou 17,4%); Itália, que adquiriu 3,355 milhões de sacas (+13,7%/8,5%); Bélgica, que adquiriu 2,921 milhões de sacas (+2,7% / 7,4% do total); O Japão importou 2,873 milhões de sacas (-25,5%/4,8%).

As exportações para o Leste Europeu caíram no ano passado devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia. O Leste Europeu importou 1,113 milhão de sacas de café do Brasil, queda de 45,3% em relação a 2021. Só a Rússia caiu 46,6%, suas compras somaram 1,217 milhão de sacas, ante 650.174 sacas em 2022 no ano anterior. A Russia saiu assim do sexto lugar e caiu para o 15º lugar.

Por outro lado, vale destacar o desempenho positivo das exportações de café para Colômbia, Holanda (Holanda) e Coréia do Sul. Os colombianos terminaram em sexto com 1,721 milhão de sacas, alta de 48,1% em relação a 2021. As importações da Holanda aumentaram 75,6%, para 916.412 sacas, colocando o país em nono lugar. Em 10º lugar, os sul-coreanos compraram 858.228 sacas, um aumento de 25,2% nas importações.

As exportações de café do Brasil para a China também tiveram bom desempenho. O país asiático comprou 414.842 sacas do produto no ano passado, um aumento de 21,3% em relação às 341.898 sacas importadas no ano anterior. Graças a esse feito, a China subiu para a 20ª posição no ranking dos principais destinos de produtos.

Variedade de café – O café arábica é a variedade mais exportada em 2022, com um volume exportado de 34,077 milhões de sacas, ou 86,6% do total. O café solúvel embarcou 3,725 milhões de sacas, ou 9,5%. Em seguida vêm as castanhas (robusta + conilon) com 1,501 milhão de sacas (3,8%) e os produtos de panificação e moagem com 47.747 sacas (0,1%).

Café Premium – O café premium que possui qualidade superior ou alguma certificação de práticas sustentáveis ​​responde por 17% do total das exportações brasileiras desse produto, chegando a 6,703 milhões de sacas em 2022. Isso representa uma queda de 12,6% em relação às 7,669 milhões de sacas embarcadas pelo país no ano passado.

A um preço médio de US$ 281,26 por saca, os produtos diferenciados geraram US$ 1,885 bilhão em receita no período de 12 meses, representando 20,4% dos embarques totais. Na comparação anual, o valor é 18,5% superior ao de todo o ano de 2021.

No ranking dos principais destinos do café premium no ano passado, os Estados Unidos lideraram a lista, importando 1,601 milhão de sacas, o que representa 23,9% do total exportado desse tipo de produto. Em seguida vem a Alemanha, com 1,165 milhão de sacas, ou 17,4%; Bélgica com 846.168 sacas (12,6%), Itália com 410.246 sacas (6,1%) e Japão com 310.356 sacas (4,6%).

O complexo marítimo de Porto-Santos (SP) é o principal destino das exportações do café brasileiro em 2022, com embarques de 31,542 milhões de sacas, ou 80,2% do total. Os três primeiros foram seguidos pelo porto do Rio de Janeiro, que respondeu por 15,3% dos embarques, com 6,038 milhões de sacas embarcadas no ano passado, e pelo porto de Paranaguá (PR), que exportou 354.519 sacas (0,9%).

Participação na Agricultura – Em 2022, o café representará 2,8% das exportações totais do Brasil, com receita de US$ 9,233 bilhões e US$ 334,463 bilhões em divisas. Ao analisar o desempenho do agronegócio (US$ 159,091 bilhões), que responde por 47,6% dos embarques totais do Brasil, a representatividade dos embarques de café sobe para 5,8%.

FONTE: Portal Fator Brasil (revistafatorbrasil.com.br)