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- Os cientistas da Vow apresentaram, em Amsterdã, uma almôndega de carne cultivada em laboratório de um mamute lanoso, uma espécie extinta, e afirmaram que esta “viagem” ao passado abre caminho para os alimentos do futuro. Essa iguaria foi exibida sob uma cúpula de vidro no museu de ciências NEMO, na capital holandesa.
- Mas esta carne de paquiderme ainda não está pronta para ser consumida: a proteína com milhares de anos ainda deve passar por testes de segurança antes de poder ser consumida pelos seres humanos da atualidade.
- Com a previsão de que o consumo de carne aumente 70% até 2050, os cientistas buscam alternativas como a carne vegetal ou a cultivada em laboratório.
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POR BRANCA LIMA
Cientistas, da empresa Vow, apresentaram em Amsterdã uma almôndega de carne de um mamute lanoso, cultivada em laboratório, e a iguaria foi exibida sob uma cúpula de vidro no museu de ciências NEMO, localizado na capital holandesa.
A almôndega foi criada a partir de uma sequência de DNA da mioglobina do mamute, proteína que dá sabor à carne, e complementada com genes do elefante africano, o parente vivo mais próxima do mamífero extinto, e foram introduzidas em células de cordeiro com ajuda de descarga elétrica. Entretanto, os cientistas alertam que essa carne não está pronta para ser consumida e para isso acontecer ainda deverão ser realizados alguns testes.
O cofundador da Vow, Tim Noakesmith, contou à AFP o porquê deles escolhem a carne de mamute para essa experiência. “Escolhemos a carne de mamute lanoso porque é um símbolo de perda, extinto pelas mudanças climáticas anteriores. Enfrentamos um destino similar se não fizermos as coisas de forma distinta, como mudar as práticas da agricultura em larga escala e nossa forma de comer”, contou ele.
A principal razão que motivou a Vow a dar continuidade à essa experiência é a preocupação com o planeta e com a população em relação à alimentação daqui alguns anos, devido ao aumento excessivo de consumo de carnes. Segundo a FAO, Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, o consumo mundial quase dobrou desde o início dos anos 60 e acredita-se que haja um aumento de 70% no consumo de carnes até 2050. Por isso, cientistas buscam maneiras de reduzir esse número com a criação de carnes vegetais ou cultivadas em laboratório.
Noakesmith afirma que a iniciativa não é para inibir o consumo das carnes tradicionais, mas sim oferecer uma alternativa para aqueles que se interessarem. “Escolhemos fazer uma almôndega de carne de mamute para atrair a atenção de que o futuro da alimentação pode ser melhor e mais sustentável”, concluiu.
FONTE: https://foodinnovation.com.br/cientistas-apresentam-almondega-de-carne-de-mamute/