Foto: Divulgação/Google Imagens

A maior parada do orgulho LGBT + já tem data confirmada

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  • A 27ª edição do evento acontecerá no dia 11 de junho às 12 horas na Avenida Paulista. O Tema deste ano será “Queremos políticas sociais para LGBT+, por inteiro e não pela metade”

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POR BRANCA LIMA 

Inspirada pela Parada do Orgulho Gay (Gay Pride Parades), realizada desde 1969 nos Estados Unidos, a primeira edição do evento no Brasil acontece em São Paulo reunindo cerca de 2 mil pessoas que protestam contra a discriminação e violência sofrida por essa comunidade. É então que em 1999, a Parada do Orgulho LGBT+, que engloba lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans e travestis e demais pessoas que fazem parte dessa comunidade, entrou para o calendário oficial da capital paulista, se tornando o maior evento com essa temática no mundo. 

Em 2023, a 27° edição acontecerá no segundo domingo de junho, 11, com concentração às 10 horas da manhã e início às 12 horas, na Avenida Paulista. Essa edição terá o seguinte tema: “Queremos políticas sociais para LGBT+, por inteiro e não pela metade”. Com o intuito de reforçar a importância de lutar pela proteção social da comunidade, assim como reivindicar por seus direitos e celebrar a diversidade. 

Em 2022, segundo dados coletados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), um LGBT+ foi assassinado ou cometeu suicido a cada 34 horas. No total, foram 256 vítimas, sendo 242 homicídios e 14 suicídios. Com esse resultado, o Brasil continua sendo o país que mais mata pessoas da comunidade no mundo.

O tema faz parte de um conjunto de ações já realizadas por ativistas com o objetivo de chamar atenção do restante da sociedade para a falta de proteção social e de direitos das pessoas LGBT+, que são muitas vezes inviabilizadas perante às políticas públicas e assistências sociais. A maior parte dos programas e projetos governamentais, tanto de âmbitos municipais, estaduais ou federais, são disfarçadamente direcionados para famílias e indivíduos heterossexuais e cisgêneros, aqueles que se identificam com o gênero sexual que nasceram. Isso se comprova quando pessoas da comunidade LGBT + se propõem a fazerem parte desses projetos, mas encontram inúmeras barreiras. 

Claudia Garcia, presidenta de uma ONG que auxilia pessoas dessa comunidade, afirma a importância do evento ser um espaço para discussões em busca de direitos e proteção social. “Chegou a hora de a Parada ser um instrumento para evidenciar os diversos dilemas vividos pela população LGBT+, que se encontra em situação de rua, com a falta de moradia e empregos, pobreza e exclusão social”, concluiu.  

A escolha do tema também está associada a tornar o SUAS, Sistema Único de Assistência Social, mais  conhecido entre as pessoas LGBT +. Com isso, a Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOLGBT-SP), convoca governos de diferentes níveis, empresas e a sociedade a darem mais atenção a essa comunidade, que está em grave situação de exclusão social.