FUNGOS, UM ALIADO NA DESACELERAÇÃO DO AQUECIMENTO GLOBAL

Resumo Clipnews ⚠️

– Os fungos podem ajudar na absorção de CO2 e ser um aliado na desaceleração do aquecimento global

– O mercado de biofertilizante não para de crescer e já chegou a US$ 2 bilhões

 

POR CHATGPT

Os fungos desempenham um papel crítico ao ajudar as florestas a absorver carbono e combater os potenciais impactos das mudanças climáticas, afirmam dois pesquisadores de Boston. Conhecidos como o “quinto reino da vida na Terra”, existem milhões de espécies de fungos e eles estão presentes em todos os lugares: na água, no ar, no solo e nas árvores.

A maioria das pessoas sabe que os cogumelos crescem em áreas úmidas e sombreadas do solo das florestas. Mas uma espécie chamada fungos micorrízicos pode crescer no subsolo, entre as raízes das árvores. Uma variante específica conhecida como fungos ectomicorrízicos ajuda as árvores e as florestas a absorverem o CO2 mais rapidamente, dizem os cientistas.

Esses fungos também podem retardar a velocidade com que o carbono retorna dos solos florestais para a atmosfera, ajudando as florestas a manterem o carbono retido em árvores e solos por mais tempo.

No entanto, as redes fúngicas estão ameaçadas devido à expansão agrícola, ao uso de fertilizantes químicos e pesticidas, ao desmatamento e à urbanização. As redes fúngicas não conseguem sobreviver sem seus parceiros vegetais, e qualquer dano pode levar décadas para ser reparado.

Fungos e florestas são amigos
As florestas estão desaparecendo em uma taxa alarmante, com cerca de 12 milhões de hectares destruídos a cada ano, segundo as Nações Unidas (ONU). Isso é aproximadamente o tamanho de 12 milhões de campos de rugby.

Reduzir essa perda e promover o reflorestamento pode reduzir as emissões globais líquidas em até 30%, afirma a ONU, e um dos principais acordos na recente Cúpula COP26, em Glasgow, foi o fim do desmatamento até 2030.

A gigantesca rede subterrânea de fungos que as florestas sustentam ficou conhecida como a “Internet Florestal”, mas pouco se sabe sobre ela e seu papel no combate às mudanças climáticas. É por isso que a Sociedade para a Proteção de Redes Subterrâneas (SPUN) lançou um projeto para mapear e preservar as redes fúngicas subterrâneas do planeta. A organização afirma que os fungos micorrízicos são uma das maiores áreas inexploradas da ciência climática.

“Bilhões de toneladas de dióxido de carbono fluem das plantas para essas redes fúngicas a cada ano. Esses fluxos de carbono ajudam a transformar os solos no segundo maior sumidouro de carbono depois dos oceanos”, diz a SPUN. Um sumidouro de carbono é definido como algo que absorve mais compostos contendo carbono do que libera.

Mapeando a “Internet Florestal”
Especialistas conhecidos como “miconautas” – micologia é o estudo dos fungos – estão coletando milhares de amostras para criar este mapa global das redes fúngicas. A SPUN utilizará aprendizado de máquina para criar uma imagem dessas redes e seu papel como sumidouros de carbono.

Esse mapeamento será usado para identificar locais de alta prioridade com potencial para armazenar mais carbono e sobreviver a eventos climáticos extremos.

Fungos podem ajudar na agricultura
Os muitos benefícios dos fungos estão sendo aplicados à agricultura, de acordo com a vencedora do Prêmio Jovem Escritora de Ciência do Ano da Associação Britânica de Escritores de Ciência em 2022, Zara Hussan.

A semeadura do solo com “fungos amigos” é vista como uma tecnologia promissora para a agricultura sustentável, diz ela em seu ensaio premiado. “Pesquisas realizadas no plantio de uma variedade específica – os fungos micorrízicos arbusculares, ou AMF – no solo mostraram como isso pode não apenas ajudar a enriquecer a fertilidade do solo, mas também reduzir os níveis de CO2 na atmosfera.

Os benefícios dos chamados ‘biofertilizantes’, como o AMF, fizeram com que o mercado global de biofertilizantes alcançasse um valor de mais de US$ 2 bilhões”