ESTUDO APONTA QUE MULHERES SEM FILHOS E COM MAIS DE 35 ANOS BEBEM MAIS

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  • Pesquisa na Austrália mostra que mulheres sem filhos e com mais de 35 anos têm maior consumo excessivo e dependência de álcool
  • Especialistas alertam para os riscos do álcool para a saúde das mulheres e recomendam buscar ajuda profissional e alternativas saudáveis

 

POR BING AI

Um estudo realizado por especialistas em saúde mental revelou que as mulheres sem filhos e com mais de 35 anos tendem a beber mais álcool do que as que têm filhos ou são mais jovens.

A pesquisa, publicada na revista Drug and Alcohol Review, entrevistou 10 mil mulheres na Austrália entre 2006 e 2018 e analisou seus hábitos de consumo de álcool. Os resultados mostraram que as mulheres sem filhos e com mais de 35 anos tinham maior probabilidade de beber em excesso, ou seja, mais de quatro doses em uma única ocasião, pelo menos uma vez por mês. Essas mulheres também tinham maior probabilidade de apresentar sintomas de dependência alcoólica, como dificuldade para parar de beber ou sentir-se culpada por beber.

Os pesquisadores sugerem que alguns fatores podem explicar essa tendência, como o estresse, a solidão, a pressão social e a falta de apoio familiar. Além disso, as mulheres sem filhos podem ter mais tempo e dinheiro disponíveis para beber, assim como menos responsabilidades e restrições. Os pesquisadores alertam que o consumo excessivo de álcool pode trazer sérios riscos para a saúde das mulheres, como doenças hepáticas, cardiovasculares, neurológicas e câncer.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o álcool é responsável por cerca de 3 milhões de mortes por ano no mundo, sendo que as mulheres representam 20% desse total1No Brasil, o consumo abusivo de álcool entre as mulheres aumentou de 7,7% em 2006 para 11% em 2018, segundo uma pesquisa do Ministério da Saúde2. Os especialistas recomendam que as mulheres sem filhos e com mais de 35 anos busquem ajuda profissional se perceberem que estão bebendo demais ou se sentirem dependentes do álcool. Eles também sugerem que elas procurem outras formas de lidar com o estresse e a solidão, como praticar atividades físicas, fazer terapia ou participar de grupos de apoio.