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- A Skift analisou os discursos dos executivos dos hotéis e identificou cinco tendências globais que afetam o setor de turismo: classe média, luxo, pets, online e sustentabilidade
- Essas tendências refletem as mudanças no comportamento, na demanda e na oferta dos viajantes em todo o mundo
POR BING AI
Os executivos dos hotéis que divulgaram seus resultados financeiros nas últimas semanas não falaram apenas sobre seus números, mas também sobre as tendências globais que afetam o setor de turismo. Essas tendências refletem as mudanças no comportamento, na demanda e na oferta dos viajantes em todo o mundo.
A Skift, uma plataforma de mídia e inteligência para o turismo, analisou os discursos dos executivos e identificou cinco tendências principais. Veja quais são:
Classe média em alta : A classe média está em alta: 51% dos viajantes que se hospedam em hotéis pertencem à classe B, ou seja, têm renda familiar entre R$ 2.500 e R$ 10 mil por mês1. Outros 18% são da classe A, com renda acima de R$ 10 mil. Juntos, eles representam 69% do público dos hotéis. A classe C, com renda entre R$ 1.500 e R$ 2.500, fica com 31%. As classes D e E, com renda abaixo de R$ 1.500, quase não aparecem na pesquisa. Esses dados mostram que há um segmento de viajantes que busca qualidade, inovação e acessibilidade nos hotéis, sem abrir mão do conforto e da experiência. Eles são os consumidores da “economia premium”, que preferem hotéis de categoria “média”, que ficam entre os “econômicos” e os “luxuosos”.
A demanda por luxo supera a oferta: os hotéis de luxo estão com alta ocupação e tarifa, pois há mais viajantes dispostos a pagar caro por uma hospedagem exclusiva e sofisticada. Porém, há poucos hotéis de luxo disponíveis no mercado, o que cria uma escassez de oferta. Os hotéis de luxo também têm custos mais altos para manter seus padrões de qualidade e serviço, o que exige mais investimento e mão de obra qualificada.
Pets : os viajantes estão cada vez mais levando seus animais de estimação para as viagens e querem se hospedar em hotéis que aceitam e acolhem seus bichinhos. Segundo a pesquisa, 73% dos viajantes têm um pet em casa, sendo que 83% são cachorros. Porém, apenas 30% costumam viajar com seus pets e só 26% já usaram os espaços destinados aos pets nos hotéis, como parques ou áreas de alimentação. Isso mostra que há uma oportunidade para os hotéis oferecerem mais serviços e facilidades para os donos de pets e seus amigos peludos.
Compras online: a pandemia acelerou o processo de digitalização do consumo e os viajantes não ficaram de fora dessa tendência. A pesquisa mostrou que 81% dos viajantes já compraram online pelo menos uma vez nos últimos seis meses. E 58% disseram que pretendem comprar mais online do que presencialmente nos próximos seis meses. Os hotéis precisam se adaptar a essa nova realidade e integrar seus canais físicos e digitais, oferecendo serviços como delivery, drive-thru, lockers e marketplaces.
Sustentabilidade: os viajantes estão cada vez mais conscientes sobre os impactos ambientais e sociais do seu consumo. A pesquisa revelou que 86% dos viajantes se importam com a origem dos produtos que compram e preferem marcas que respeitam o meio ambiente e os direitos humanos. Além disso, 84% disseram que separam o lixo para reciclagem em casa e 76% afirmaram que evitam o desperdício de água e energia. Os hotéis devem acompanhar essa mudança de comportamento e adotar práticas sustentáveis em suas operações e comunicação.