INVESTIMENTOS EM ESG : TÍTULOS SUSTENTÁVEIS ESTÃO EM ALTA

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  • Segundo relatório da Climate Bonds Initiative já foram investidos US$ 3,9 trilhões em títulos de ESG
  • No 1º trimestre de 2023 houve um aumento de 17% neste tipo de investimento

 

POR BING AI

Segundo um relatório da Climate Bonds Initiative (CBI) já foram registrados US$ 3,9 trilhões investidos em GSS+ (green, social, sustainable and other labeled bonds) –  desde o início do mercado em 2007.

No primeiro trimestre de 2023 houve um aumento de 17% em relação ao trimestre anterior. Esses ativos são títulos de dívida (os chamados green bonds) voltados para sustentabilidade e podem ser títulos de uso de recursos (use of proceeds) ou títulos atrelados a metas de sustentabilidade (sustainability-linked bonds).

No caso dos títulos verdes, eles têm como objetivos arrecadar recursos para investir em pautas ligadas a questões ambientais.

Este tipo de título é algo relativamente novo. Neste caso os títulos funcionam como qualquer outro ativo da categoria: onde os emissores podem ser instituições, governos ou empresas e que garantem um reembolso do valor acrescido de uma taxa. Mas por ser relativamente novo, ainda existem dúvidas sobre o processo de emissão.

Como emitir um Green Bond ?

Para emitir um título desse tipo, a empresa ou o governo precisar criar um framework de finanças sustentáveis.

De acordo com o Guia para Ofertas de Títulos Sustentáveis da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), o documento precisa algumas informações como :

  • Descrição da estratégia de negócios do emissor
  • Especificações e características do título sustentável com a descrição dos projetos elegíveis no caso de títulos de uso de recursos ou, no caso de títulos vinculados a metas sustentabilidade, uma descrição das metas e dos indicadores de desempenho escolhidos
O framework atua como um facilitador no processo de organização do título sustentável pois dá detalhes sobre o emissor, a estratégia ESG da empresa e informações importantes sobre como pretende endereçar as finanças sustentáveis e os passos futuros.
Feito isso, framework é reportado publicamente, em casos de títulos vinculados a metas de sustentabilidade, existem algumas etapas intermediárias de auditoria. Neste caso, avaliadores independentes têm papel muito relevante neste processo porque é obrigatório que os emissores envolvam estes profissionais no período de avaliação, independente do tipo de título verde que se deseja emitir.
A ICMA (The International Capital Market Association) prevê que os avaliadores independentes podem ser provedores de Parecer de Segunda Opinião (ou do inglês, Second Party Opinion ou SPO), verificadores externos, agências de rating e certificadoras, seguindo critérios como diligência, confidencialidade, entre outros. Ali será estabelecido se a captação está alinhada a alguns pilares do título sustentável – sendo eles, processo de avaliação, calibragem, gestão de resultados, reporte e verificação.