Resumo Clipnews ⚠️
- Marcas próprias no centro da disputa entre redes de supermercado e atacarejos no Brasil
- Private label representa cerca de 20% das vendas em varejistas pioneiras no país
- Atacarejos têm baixa participação em marcas próprias, mas o varejo apresenta números mais expressivos
ESCRITO COM FERRAMENTAS DE IA
As marcas próprias estão no centro da disputa entre redes de supermercado e atacarejos no Brasil. Esses produtos, desenvolvidos pelos próprios grupos de varejo alimentar, têm servido como uma das principais estratégias para reduzir a evasão de clientes para os chamados cash and carry. Grandes empresas como o Grupo Pão de Açúcar (GPA) já têm vendas expressivas de seus produtos proprietários, mas os números gerais no Brasil indicam um grande espaço para crescimento.
No Brasil, as marcas próprias, também conhecidas como private label, representam aproximadamente 20% do total de vendas em varejistas brasileiras pioneiras na implementação dessa estratégia. No entanto, essa participação ainda é baixa em comparação com a média mundial de 23% no primeiro trimestre de 2023, segundo dados da empresa de análise Nielsen.
Os principais responsáveis pela expansão das marcas próprias no Brasil são grandes redes como o Carrefour e o Grupo Pão de Açúcar (GPA). A estratégia tem sido central para reduzir a migração de clientes para os atacarejos, modalidade que cresceu 5 vezes no Brasil de 2013 a 2023. Os atacarejos, com suas estruturas de lojas mais enxutas e menores custos de execução, conseguem repassar valores menores nas marcas industrializadas tradicionais aos clientes.
O GPA foca na criação de produtos de topo de prateleira para concorrer com os rótulos mais tradicionais, como sua linha Qualitá, direcionada ao público de clientes premium. Embora as marcas próprias aumentem as margens das empresas devido ao menor custo de produção, o principal dado para o qual o GPA tem olhado é o de fidelidade. Clientes que consomem produtos da Qualitá frequentam as lojas do Pão de Açúcar 2,4 vezes mais do que aqueles que compram produtos de outras marcas em função do custo-benefício.
Em contrapartida, os próprios atacarejos têm um nível de vendas de marcas próprias de apenas 0,6%, o que puxa os dados de marcas próprias para baixo. No entanto, se considerarmos apenas o varejo, a participação é mais alta.