RELATÓRIO DA OCDE E DA FAO ALERTA PARA O AUMENTO DA DEMANDA E DA INSEGURANÇA ALIMENTAR NO MUNDO

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  • Um relatório da OCDE e FAO prevê que demanda por alimentos vai superar oferta na próxima década, elevando preços e riscos de fome
  • A publicação recomenda mais investimentos em tecnologia, sustentabilidade e cooperação internacional para enfrentar desafios da agricultura

 

POR BING AI

Segundo um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a demanda mundial por alimentos vai aumentar mais rápido do que a oferta na próxima década. Isso pode levar a uma alta nos preços e a uma maior insegurança alimentar para os países mais pobres.

O relatório, chamado de Perspectivas Agrícolas 2021-2030, prevê que a produção agrícola global vai crescer 1,4% ao ano até 2030, enquanto o consumo vai crescer 1,6% ao ano no mesmo período. Essa diferença se deve principalmente ao aumento da população, que deve chegar a 8,5 bilhões de pessoas em 2030, e à mudança nos hábitos alimentares, com mais consumo de proteína animal, açúcar e óleos vegetais.

Para atender à demanda crescente, os países terão que investir mais em tecnologia, infraestrutura, pesquisa e desenvolvimento, além de adotar práticas mais sustentáveis e resilientes ao clima. O relatório alerta que os impactos das mudanças climáticas na agricultura serão cada vez mais severos e variáveis, afetando a produtividade, a qualidade e a disponibilidade dos alimentos.

O relatório também aponta que a pandemia de covid-19 teve efeitos negativos na segurança alimentar de muitas pessoas, especialmente nos países de baixa renda, onde o acesso aos alimentos é limitado pela pobreza, pelos conflitos e pelas crises humanitárias. Segundo a FAO, cerca de 811 milhões de pessoas sofriam de fome crônica em 2020, um aumento de 118 milhões em relação a 2019.

Para enfrentar esses desafios, o relatório recomenda uma maior cooperação internacional e uma melhor governança dos sistemas alimentares. Também sugere medidas para reduzir as perdas e o desperdício de alimentos, que representam cerca de 14% da produção global. Além disso, propõe políticas para promover dietas mais saudáveis e equilibradas, que contribuam para a saúde humana e para a preservação dos recursos naturais.